OLIVENZA Alcácer e Torre de Menagem

História

Ocupa o lugar de uma antiga fortaleza templária do século XIII da qual não restam vestígios. Em 1334 o rei D. Afonso IV, filho e sucessor de D. Dinis, inicia a construção desse elemento de origem muçulmana que é a alcáçova: recinto amuralhado dentro das muralhas; culminando com um torreão, o mais alto das praças da fronteira. Contudo, será D. João II, em 1488, quem confere uma nova fisionomia ao conjunto, já que apesar dos pactos de desarmamento estabelecidos com os Reis Católicos, o Príncipe Perfeito realiza obras de reforço do alcácer; artilha na sua base duas torres circulares e constrói um fosso no seu perímetro, como se pode ver no Livro das Fortalezas de Duarte D’Armas.

Exterior

O Castelo é um magnífico exemplar da arquitetura militar da época. Tem forma trapezoidal, com um pátio central e três torres cúbicas nos ângulos, para além da torre de menagem, situada a noroeste, da época de D. Afonso IV, filho de D. Dinis.

A Torre de Menagem, de 37 metros de altura destaca-se sobre o conjunto, sendo a mais alta das torres de fortaleza da fronteira luso-espanhola. Construída em alvenaria reforçada por silhares nos ângulos, tem 24 seteiras que iluminam o seu interior. No mais elevado das suas quatro faces podem ainda apreciar-se os restos dos primitivos matacães de defesa dos seus flancos, dos quais um foi reconstruído em cimento armado por volta de 1973. Uma barbacã, aos pés da qual se abria o fosso inundável, mandado construir por D. João II em 1488, rodeava por completo o alcácer oliventino.

Interior

O Castelo acolhe parte do Museu Etnográfico González Santana.

A torre de menagem tem no seu interior três salas. Destaca-se a superior, com uma extraordinária abóbada de nervuras. O acesso pelas suas 17 rampas leva-nos hoje ao terraço, desde o qual se domina a cidade de Olivença e as terras e populações espanholas e portuguesas do seu entorno. Originalmente permitia fazer subir peças de artilharia à parte superior, pelo que as esquinas na sua parte inferior estão recortadas.

Ubicación